quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Ludwig Von Mises e o problema do método em economia

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As teorias da luta de classes e da mais-valia de Marx, baseadas no classicismo ricardiano, foram refutadas pelos neo-clássicos com a descoberta do individuo e da lei da utilidade marginal decrescente. Enquanto isso, a teoria geral de Keynes foi refutada pela estagflação de 1973-75.
A aplicação do método das ciências naturais a economia é consequência do positivismo comteano. O método indutivo não se aplica a economia porque ela não é experimental. É urgente voltar ao método dedutivo da economia política.

Mises teceu duras críticas ao método quantitativo aplicado a economia. Ele dizia que a Matemática e a estatística não tinham nenhuma utilidade para a análise económica porque a economia não lidava com massas, átomos, etc., mas, sim, com a acção humana, a qual não tem a mesma previsibilidade que o movimento dos átomos. Na esteira da tradição da economia política clássica e neo-clássica da escola austríaca, Mises dizia que o método adequado para a economia é o método dedutivo.

Eu tirei meu diploma de economia na faculdade de economia da Universidade Eduardo Mondlane. Se me pedissem para fazer uma síntese do que eu, lá, aprendi, ao longo dos quatro anos e meio do curso, que mais pareceram uma eternidade, eu diria o seguinte:

Primeiro, aprendi que o lord Keynes, aluno de um neo-ricardiano chamado Alfred Marshall, na Universidade de Cambridge, refutou a economia clássica e que, portanto, a economia funciona de acordo com “a teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro”, a qual tem que ser usada para corrigir os ciclos económicos. Não estou brincando. Me lembro como se fosse hoje que o meu professor de Introdução a economia, o dr. Estevão J. Licussa, na primeira aula de introdução a macroeconomia, ele disse alto e bom som: “bem-vindos a Economia”, porém, quando há meses atrás ele introduzira a Microeconomia, ele não proferira as mesmas palavras. Isso confirma o que acabei de dizer, ou seja, de que economia, para os moçambicanos, é Keynes.

Segundo, também aprendi que não há análise económica possível sem gráficos, tabelas, equações, etc. De modo que, se você faz um trabalho do final de curso e não superlota as páginas do mesmo com qualquer coisa que lembre matemática, estatística, econometria, seu trabalho é simplesmente preterido e classificado com a nota mínima, salvo se você tiver supervisores respeitadíssimos como Castel-branco e Maria Isabel Munguambe.

Essas são as duas coisas que eu aprendi no meu curso de economia. Examinemos cada um desses pilares da nova economia, começando com a teoria geral do lord Keynes para depois, no final, adicionarmos o exame do método das ciências naturais na economia.

Keynes e a teoria geral

Notei nos meus professores de economia uma ilusão geral de que Keynes refutou os clássicos e salvou a economia capitalista com a sua teoria geral. Porém, não há nada mais falso do que isso. Num outro artigo publicado neste blog eu mostrei que, segundo Joan Robinson, o primeiro a descobrir a teoria geral foi Mikhal Kalecki, mais de dez anos antes de Keynes, que a única coisa que fez foi introduzir naquela teoria o que ele chamou de multiplicadores. By the way, o New Deal de Roosevelt foi lançado anos antes de Keynes publicar sua teoria geral e, longe de lidar com a crise, somente fê-la piorar até que, enfim, a II Guerra mundial chegou e a depressão económica cedeu e a economia convalesceu. Ademais, demonstrei que uma teoria que tenha a pretensão de ser geral é mito-poética e já está impugnada na base pela sua incapacidade de se auto-explicar.

Que os clássicos tiveram seus problemas, isso ninguém pode negar. Os dois dos principais problemas dos clássicos eram tratar os agentes económicos como classes e crer que o valor de uma mercadoria era função do trabalho incorporado na sua produção. Esses dois erros da escola ricardiana foram fatais e deram aso a que Marx fizesse uma confusão dos demónios, criando sua pseudo-teoria da luta de classes económicas e a pseudo-teoria da mais-valia. Tudo isso foi culpa dos erros dos clássicos, mormente da escola ricardiana.

Agora, quem refutou os clássicos foram os neoclássicos e não Keynes, caso contrário, ele teria que ser um neo-clássico. Em 1871, William Stanley Jevon, na Inglaterra, Leon Walras, na Suiça e Carl Menger, em Viena, o qual foi o fundador da escola austríaca de economia, fazendo pesquisa totalmente independentes, chegaram as mesmas conclusões sobre quem eram os verdadeiros agentes económicos e qual era a verdadeira substância do valor. Eles descobriram que os agentes económicos não são as classes económicas mas, sim, os indivíduos, portanto, os neoclássicos inauguram na economia aquilo que Alan Renau chamou de “a era do individuo”. 

Depois disso, surge em Viena um individuo chamado Eugen Von Bohm-Bawerk, discípulo de Carl Menger. Esse individuo extraordinário é que resolveu o problema económico do valor. Ele diz que os clássicos estavam errados ao dizer que o valor de uma mercadoria era função da mão-de-obra incorporada na produção da mercadoria, que, longe disso, o valor da mercadoria era explicado por uma coisa chamada utilidade marginal.

Ora, a teoria da utilidade marginal não somente refuta a teoria de valor dos clássicos mas, também, refuta, por tabela, a teoria da mais-valia de Marx, a qual se baseava na teoria de valor dos clássicos e, estando aquela teoria errada, Marx cai junto. Ou seja, a teoria da mais-valia não vale nada, ela é totalmente falsa. Agora, o que os economistas fizeram foi aceitar que a teoria clássica do valor estava errada mas não quiseram aceitar as consequências advindas do facto de essa teoria estar errada.

É ridícula a pretensão de que Keynes refutou os clássicos, mormente sabendo como ele procedeu com eles. Joan Robinson, contemporânea de Keynes na Universidade de Cambridge, no seu livro sobre a teoria do emprego, diz que Keynes fez como quem pega num peixe que está cheirando mal e o joga pela janela ao invés de examinar as causas do mau cheiro. Quer dizer, é como jogar o bebé junto com a água do banho e foi isso que Keynes fez.

Keynes nunca compreendeu os clássicos. Ele simplesmente disse: eu não gosto disso, então, vou jogar isso fora e fazer algo totalmente novo, se calhar por ter sido reprovado no exame de economia clássica quando ele participou de um certo concurso para provimento de uma certa vaga e ele saiu dali batendo o pezinho: “eu vou mostrar que sei mais economia que todos vocês”. Tudo isso está documentado. Agora, ao invés de refutar os clássicos como o fizeram os neo-clássicos, Keynes virou a economia pelo avesso. Não é fortuitamente que a Macroeconomia chama-se a nova economia. Isso não é refutar. Isso é fugir do problema. Razão tem o filósofo Olavo de Carvalho quando diz que Keynes fez um estrago formidável na economia, o que me leva a parafrasear Schelling e dizer que com Keynes, a economia caiu para um nível pueril. E não era para menos. Qualquer área de conhecimento é antes de tudo a sua tradição. Nada cresce por amputação mas, sim, por acumulação. Mas, o que fez Keynes senão amputar e deformar?

Veja, a economia foi sistematizada por Adam Smith em 1776. O que é sistematizar? Isso significa que Smith pegou em todas as especulações económicas existentes dos fisiocratas com quem ele travou diálogos, dos mercantilistas, dos escolásticos, etc., e foi conectando uma coisa com a outra até formar um todo interligado a que se chamou economia política, se bem que esse nome tenha sido dado por Moncretien. Agora, quando Keynes publica sua teoria geral, a economia já tinha 300 anos. O que foi que Keynes fez? Jogou 300 anos de pesquisa económica no lixo por pura birra com os clássicos e querem que eu leve a sério um homem assim? Imaginemos que acontece isso na física. Surge um físico chamado Keynes que acabou de tirar seu diploma de física e por não estar a ter sucesso como físico diz: eu não quero saber nada sobre o estágio em que a física se encontra. Não quero saber nada da tradição da investigação em física. O que foi descoberto por Galileu Galilei, sir Isaac Newton, Maxwell, Michael Farady, Max Planck, Einstein, Heisenberg, Schrondinger, Niels Bohr,etc., não me interessam. Eu vou jogar tudo isso no lixo e vou começar do zero porque todos eles estão errados, somente eu é que estou certo”. Você levaria a sério um físico assim? Primeiro ele teria que provar por A+B que os outros estão errados. Não é assim? Não sei se Eric Voeglin leu a teoria geral de Keynes, mas, certamente que, se ele a tivesse lido, ele diria: “isso não é um livro de economia, isso é um alcorão”. Porquê? Porque somente o Corão se arroga a prerrogativa de ser a chave de abóbada, o selo da revelação divina.

Dizer que Keynes salvou o capitalismo é uma palhaçada autêntica de fazer inveja a um Charles Champlin, um Mr. Bean, ou a um Jimmy Carry. Capitalismo é propriedade privada, é livre empresa, é não intervenção do estado na economia. O que é o keynesianismo? É aquilo que Mises chamou de intervencionismo. Isso não é capitalismo mas, sim, socialismo. O que é socialismo? Depende. Se for uma mistura de política com economia em escala nacional é nazismo. Se for em escala internacional é comunismo. Keynes não salvou o capitalismo, ele salvou o socialismo e a neo-aristocracia fabiana.

Mises estava montado na razão quando dizia que toda a teoria geral de Keynes era uma pseudo-filosofia. Keynes ensinava que se um governo quisesse estimular a actividade económica, ele até devia pagar para as pessoas fazerem buracos nos quintais e depois tapá-los e que devia pagar para as pessoas construírem pirâmides. Quer dizer, gastar dinheiro público proveniente dos impostos suados dos cidadãos em empreendimentos não produtivos. Dizer que isso é estelionato chega a ser um eufemismo.

Keynes disse que o padrão ouro era uma relíquia bárbara. Quer dizer, Keynes era paladino da inflação. Ele sabia que os governos não teriam como colocar sua teoria geral em prática enquanto vigorasse o padrão ouro, então, ele atacou o padrão ouro. Questionado se isso, a longo prazo, não mergulharia os países na inflação como a que aconteceu na Alemanha de Weimar, ele responde sarcasticamente que “no longo prazo, todos nós estaremos mortos” (sic). Keynes morreu, porém, alguns ainda viveram para testemunhar a economia funcionando de modo totalmente contrário ao que Keynes havia teorizado, o que veio a acontecer no período de 1973-75, com a crise de petróleo, cerca de 30 anos depois da teoria geral, uma crise que combinava inflação com desemprego, a famosa estagflação, cuja possibilidade de ocorrência é totalmente negada pela teoria geral de Keynes. Quer dizer, quem tenha acreditado na teoria geral de Keynes por um minuto que seja é porque acredita no quadrado redondo.

Uma das pessoas que viveu para ver a teoria geral de Keynes ir para o buraco foi o economista Frederich August Hayek. Hayek foi discípulo de Ludwig Von Mises, o qual foi, por seu turno, discípulo de Eugen Von Bohm-Bawerk. Mises teve muitos discípulos nos seus seminários de economia, tanto na sua Viena, quanto nos EUA, na New York University, onde ele trabalhava na condição de professor não remunerado. Porém, quando Keynes publica sua teoria geral em 1936, muitos dos discípulos de Mises o abandonaram e foram para os EUA para fazerem carreira com o keynesianismo, dos quais pode-se destacar o John Hicks, Alvin Hansen e Lerner; sendo que os dois primeiros foram os mais entusiastas do keynesianismo e sintetizaram toda a teoria geral no modelo IS-LM.

Hayek, pegando na teoria dos ciclos económicos do seu mestre Ludwig Von Mises, a qual mostrava que a causa dos ciclos económicos era o intervencionismo estatal, ele a aperfeiçoou e em 1974, i.e., um ano após a morte de Mises, Hayek veio a ser galardoado com o prémio Nobel de economia, não sem antes terem sido galardoados uma lista interminável de keynesianos e econometristas.

PS1: Vimos que as teorias da luta de classes e da mais-valia de Marx baseadas no classicismo ricardiano foram totalmente refutadas pelos neo-clássicos pela descoberta do individuo como agente da acção económica e pela descoberta da lei da utilidade marginal decrescente.
PS2: Vimos também que a teoria geral de Keynes foi refutada pela crise de estagflação de 1973-75.

Economia e métodos quantitativos

Enquanto eu tirava meu diploma de economia, não raras vezes, os professores insistiam em que economia era números, gráficos, tabelas, equações, etc. Quem é o pai de tudo isso? August Comte. Porém, ao longo dos quatro anos e meio eu nunca ouvi um professor sequer, nem mesmo os mais qualificados, pronunciar esse nome. Quer dizer, eles também não sabem.

Comte é o autor da teoria dos 3 estados: teológico, filosófico e positivo. Ele é o pai do positivismo. Comte queria fazer uma física das ciências sociais. Como? Aplicando o método das ciências naturais às ciências sociais. Não há nenhuma ciência que tenha entendido tão bem a proposta de Comte do que a economia. Qualquer individuo que tenha estudado um pouco a história da economia depois de Comte, sabe que a economia passou a imitar a física mecânica. Vemos isso em quase todas, senão todas as equações económicas.

É um problema que a economia use o método das ciências naturais nas suas pesquisas. Qual é o método de uma ciência natural? Observação e experimentação. Só que acontece que, em economia, a experimentação é um quadrado redondo. Não se fazem experiências em economia. Só isso já é suficiente para impugnar na base a impossibilidade da aplicabilidade do método das ciências naturais na economia porque a economia não é uma ciência natural. Natureza como a conhecemos, diz o físico brasileiro Adauto Lourenço, é átomo e energia. Porém, acontece que a economia não estuda nem um, nem outro.

A economia estuda o comportamento humano num mundo de escassez. Ou como diz Mises, ela estuda a “acção humana”. Ora, a acção humana não é mecânica para que a estudemos nos moldes da física mecânica de Newton. Ela não tem a regularidade de movimento que tem os átomos, se bem que Heisenberg negue esse determinismo do movimento dos átomos. Newton foi o primeiro a aplicar a matemática no estudo da física. Os que lhe antecederam como Galileu, Ptolomeu, Copérnico, não tinham como fazer isso porque a matemática não estava tão avançada como hoje. Então, sua análise era mais geométrica. Eles conheciam Euclides. Agora, Newton teve que inventar muita coisa em matemática para dar conta das suas pesquisas em física como por exemplo o cálculo integral. É claro que Leibniz também descobriu muita coisa nesse sentido.

Para começo de conversa, a matemática é um ente de razão e não um objecto da nossa experiência. Uma economia matemática, primeiro, ela é um objecto ideal. Ela não existe em parte alguma, apenas, no mundo das possibilidades lógicas. Porém, daquilo que é possível nada se pode concluir da sua realidade. Segundo, a economia matemática é uma negação in limine do livre arbítrio consciente da vontade dos agentes económicos.

Há uma economista brasileira que disse que o FMI tinha mais de 400 modelos econométricos e que nenhum deles funciona. E ela propôs que voltássemos a economia política. Ela está montada na razão. Se temos que fazer esse recuo é porque o método em economia mudou substancialmente. Qual é o método que os founding father’s da economia política usavam? O método positivista comteano das ciências das ciências naturais? De modo nenhum. O método das ciências naturais é o método indutivo. Partindo do exame, em escala monográfica, de um exemplar fenoménico após outro, você chega, por indução, a uma lei geral sobre todos os fenómenos que pertencem àquela classe de fenómenos. Mas essa lei é apenas probabilística. Por exemplo, você pega o ferro e aquece e verifica que ele se dilata. Você pega o bronze e vê que ele também dilata quando aquecido e você vai aquecendo outros metais e aí você chega a uma razoável probabilidade de que os metais, quando aquecidos, dilatam, em x% dos casos.

Nunca ninguém fez isso em economia porque você teria que fazer experiências. Agora, como é que você vai colocar o comportamento dos agentes económicos num tubo de ensaio? Como é que você vai dissecá-lo? Como é que você vai mensurá-lo? Isso é absolutamente impossível. Se o método indutivo não funciona na economia, qual é o método que sobra? Ludwig Von Mises vai dizer que o método da economia é o método dedutivo. Quer dizer, partindo de princípios universais e abstractos auto-evidentes, o economista vai deduzindo conclusões particulares acerca do comportamento dos agentes económicos. Isso não é novo. É claro. Smith já fazia isso. Não nos esqueçamos que Smith, antes de ser economista, era um filósofo. Portanto, ele não tinha a deficiência metodológica que tem a maior parte dos economistas mais incensados do mundo, incluindo Keynes.

É claro que, muitas vezes, as coisas não são tão evidentes assim e suas várias faces poliédricas precisam ser arbitradas dialecticamente até que o princípio universal e abstracto por trás se torne evidente. Agora, porque os economistas não sabem o que é o exercício dialéctico, o qual, na verdade, é bastante trabalhoso, eles preferem pegar nas equações da física mecânica e copiar como aquela teoria quantitativa da moeda de Irving Fisher (1930). O que é isso? Uma colcha de retalhos. Agora, porquê é que os economistas preferem trabalhar com modelos matemáticos? Primeiro porque é mais fácil e até um macaco, se ensinado, faz. Segundo, eles fazem isso para escapar da tensão dialéctica do comportamento humano porque a mente humana é dialética. Ela funciona com base na confrontação dialética de hipóteses.

Uma mente linear, isento de dúvidas, do contraditório, só Deus a tem. Ele é o único que não tem dois pensamentos contraditórios acerca da mesma coisa. Mas nós, não. Em nós há sempre um SIM e um NÃO acerca da mesma coisa e ao mesmo tempo. Quando eu digo que vou trabalhar, sempre surge um segundo pensamento que diz que eu devo descansar. Quando eu digo que eu vou poupar, sempre surge um segundo pensamento que diz que eu devo esbanjar. É assim que a nossa mente funciona, mas os economistas não sabem disso e pensam que tudo é mecânico. Você escolheu investir. Pronto! Está investido. Mas as coisas não são assim. Nós nem se quer somos racionalmente económicos. Eu diria que a maior parte das nossas acções humanas, chutando uma probabilidade, são 10% racionais e 90% irracionais. Quando você estuda a física quântica, você acaba descobrindo que a própria física mecânica, levada até as suas últimas consequências microfísicas, também é uma palhaçada. Todo seu determinismo se esfarela.

A profusão de equações ou os chamados modelos econométricos criam nos economistas a ilusão de que eles estão fazendo ciência no mesmo sentido em que um Newton fazia ciência e que o comportamento humano tem aquela regularidade de movimento, aquele determinismo, que aparece nas equações económicas. Porém, quando você percebe que toda essa análise está baseada no velho erro dos clássicos de considerar os agentes económicos como classes e não como individuos, você sente a impressão de estar lidando com uma psicose.

Não há nenhum modelo econométrico que resiste a um minuto de análise microeconómica. Não há nenhuma teoria macroeconómica que resiste a um minuto de análise microeconómica. E não existe economia que não seja microeconomia. O resto é qualquer outra coisa, menos economia. Veja, nenhum individuo consome um consumo agregado. Nenhum individuo investe um investimento agregado e assim por diante. Só há consumo de um individuo. Só há investimento de um individuo.

PS: Vimos que a aplicação do método das ciências naturais à economia é consequência do positivismo comteano. O método indutivo não se aplica a economia porque ela não é experimental. É preciso voltar ao método lógico-dedutivo da economia política.

ESCRITO POR|XADREQUE SOUSA|shathreksousa@gmail.com

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