Ora, se a nossa economia destruiu-se
com a centralização e recuperou com a liberalização, qualquer individuo com Q.I
de pelo menos 12 vai concluir, necessariamente, que está mais do que claro que
o problema da nossa economia, acima de qualquer conjuntura, é a sua
planificação central e a solução para ela é a sua liberalização.
Quando nos perdemos num labirinto, o que é
que temos que fazer para sair dele? Temos que refazer, mentalmente, toda a
trajectória, desde o começo até aquele ponto em que nos demos conta de que
estávamos perdidos, não é assim? Supondo que não temos não temos GPS,
telemóveis, etc.
Agora, a economia moçambicana encontra-se
abraços com uma crise que dura a pouco mais de um ano. Uma visão superficial
das coisas pode nos levar a atribuir essa crise a uma conjunção de factores
como dívida da EMATUM, MAM, PRO-ÍNDICO; quebra do preço das commodities no mercado internacional;
excesso de papel-moeda na economia e tensão político-militar. Contudo, cada uma
desses factores são, apenas, conjunturais e, mesmo quando forem contidos, outros
factores conjunturais surgirão e a economia voltará a ter problemas porque
estruturalmente ela permanece a mesma.
Não adianta jogar culpas sobre Guebuza ou
Nyusi iludidos de que até 2015 a economia estava muito bem e que as famigeradas
“dívidas ocultas” e a tensão político-militar deram cabo de tudo. Dizer isso é
apenas olhar para a conjuntura económica e não para a estrutura económica.
Conjunturalmente, a economia moçambicana teve, lá, como se diz: “seus 5 minutos
de fama”, porém, estruturalmente ela nunca foi robusta como dizia o FMI e tudo
que está acontecendo no país é disso prova insofismável.
Discutir conjunturas é discutir fluxos e
não perceber a constante que subjaz por trás do que está acontecendo. No final
das contas, isso não passa de confundir cardápio com comida e bater num matrafão
de horta. Se não há nenhuma homogeneidade ou nenhuma unidade nessas
conjunturas, então, elas são apenas fictícias e não reais. Porém, se
conseguimos distinguir a economia das suas conjunturas é porque há algo que não
é conjuntural mas estrurural. O que é isso? A própria unidade do real e, neste
caso, a unidade da realidade da estrutura económica.
A independência de Moçambique em 1975
marcou uma viragem naquilo que era a estrutura económica, política e social do país.
Moçambique deixou de ser o maior exportador da Castanha de Caju do mundo.
Muitas fábricas como a MABOR, BELITA, TEXTÁFRICA, TEXLOM, etc., e empresas como
AUTO-INDUSTRIAL, TUDOR, SOCIEDADE MERCANTIL, HIDROMOC, etc., foram a falência.
Então, foi aqui, neste ponto do labirinto, que a nossa economia se perdeu. O
que foi que aconteceu naqueles anos que se seguiram a independência de
Moçambique? Todos sabemos que em 1977, no seu IV Congresso, o partido Frelimo
se declarou um partido de orientação marxista-leninista. Foi aqui que tudo
começou, que a nossa economia fez uma inflexão da qual nunca mais nos
recuperamos.
Aparentemente isso não tem nada que ver
com o que está acontecendo hoje. Com efeito, muitas pessoas colocam a culpa
remota do que tem acontecido com a nossa economia no PRE de 1987 “imposto” pelo
FMI. Uma das grandes querelas está ligada a destruição da indústria do caju.
Contudo, quando vemos que com a comunização, a nossa economia fracassou e com a
liberalização ela melhorou, dizer que a tese de que o PRE foi pernicioso é
falaciosa chega a ser um eufemismo.
Ora, se a nossa economia destruiu-se com a
centralização e recuperou com a liberalização, qualquer individuo com Q.I de
pelo menos 12 vai concluir, necessariamente, que está mais do que claro que o
problema da nossa economia, acima de qualquer conjuntura, é a sua planificação
central e a solução para ela é a sua liberalização. Isso é batata.
Agora, que uma economia centralmente planificada
é inviável, isso só o moçambicano é que não sabe, porque acreditam em Marx e em
Keynes. Ora, já em 1921, Ludwig Von Mises no seu livro “o cálculo económico no
socialismo” havia demonstrado a inviabilidade da economia comunista ou da
economia socialista ou da economia centralmente planificada como queiram chamar
a isso porque, no final das contas, é tudo espécie do mesmo género.
Moçambique fez sua perestroika em 1990 com a mudança da constituição. Contudo, a
economia de Moçambique não é liberal, é neo-liberal, que é um dos muitos
eufemismos para a economia socialista. Uma das provas de que nossa perestroika foi cosmética é que a nossa
economia até hoje é centralmente planificada. Então, você tem o plano quinquenal
do governo. Ora, nenhum país que tenha uma economia de livre empresa tem um
plano quinquenal, o qual é uma criação da URSS que já vem desde os tempos de
Lenine.
Não importa quantos recursos naturais o
país possa ter, enquanto o estado não devolver a economia a iniciativa privada
pura e simples, este país nunca vai sair do buraco. O nosso sistema de
transporte, saúde, água, electricidade, educação, etc., é um show de ineficiência a mais não poder e
como seria o contrário, pergunto-me eu, se o estado, definindo-se por ser o
monopólio da força como disse Hegel, a única actividade que ele exerce bem é a
defesa e segurança pelo que devia especializar-se em oferecer os serviços de
defesa e segurança e deixar a economia a iniciativa da livre empresa. Essa é a
velha lição de Smith que foi deturpada por Keynes. Porém, não temos outra
saída, cada um de nós tem que fazer mea
culpa e ver onde foi que ele errou para que a coisa chegasse ao volume a
que chegou e voltarmos ao caminho antigo, ao espírito clássico dos founding father’s da economia política,
o qual foi muito bem encarnado pela Escola austríaca de economia e, mormente,
por Ludwig Von Mises e Frederich August Kayek.
Ludwig Erhard, na Alemanha da pós-segunda
guerra mundial, compreendeu isso e em 10 anos, a RFA estava de pé de novo,
enquanto a sua congénere RDA se atolava numa miséria atroz. Porém, esse evento
digno de ser olhado, a que chama-se “milagre alemão”, só foi possível porque
Erhard entregou o destino da actividade económica as rédeas da livre empresa e,
mais uma vez, a história tratou de dar razão ao Adam Smith e a Escola
austríaca.
***
Às vezes, é muito difícil um estado
admitir que está perdido e mesmo na escala humana individual existe essa
dificuldade até que cheguemos ao ponto de nos vermos a porfiar pelas
famigeradas bolotas dos porcos como naquela parábola cristã do filho pródigo.
Porém, não é preciso chegar a tanto porque quando um estado começa a
prodigalizar os seus recursos, isso já é suficiente como elemento de prova de que
ele está perdido e que só ainda não percebeu porque está sob efeito do mosto da
irresponsabilidade que graças a teoria geral de Keynes, a que Ludwig Von Mises cognominou
de “pseudo-filosofia” passou a estar justificada sob a tese maluca de que “no
longo prazo estaremos todos mortos” (sic).
Essa tese maluca de Keynes, mostra que ele
estava se marimbando de o dó para a futura geração como quem diz: “depois de
mim o dilúvio”, ou, como disse o tão celebrado Bertolt Bretch: “primeiro o meu
estômago, depois a vossa moral” (sic). Ora, não existe ciência em si. Toda
ciência está sujeita a uma teia de relações que lhe servem de superfície de contraste
e faz com que ela se reconheça na realidade. E uma dessas superfícies de
contraste da ciência é a ética ou a moral, sendo a ética como disse o Frei
Josafá, a teorização da moral e a moral, por sua vez, a prática do que se
teorizou.
Ora, uma proposta como “a teoria geral do
emprego, do juro e do dinheiro” que propõe salvar a economia matando a próxima
geração é tão imoral quanto o abortismo. A primeira vista ficamos chocados
quando vemos um homem da dimensão de Keynes descer tão baixo na escala do nível
de consciência. Nietzsche dizia que a filosofia de um autor se reduz a sua
psicologia. É claro que isso não é rigoroso mas apenas análogo, salvo naqueles
casos em que o filósofo seja um louco como o próprio Nietzsche e sua obra
filosófica beire a psicose e, Keynes, disso, não sai ileso. Toda sua teoria
geral é pura psicose. Ele não podia estar consciente do que estava falando e
aí, então, introduzimos Freud na conversa para analisarmos o id, o inconsciente de Keynes.
Toda teoria psicanalista de Freud se
resume ao estudo do inconsciente. E todo esforço de apreensão do inconsciente
por parte de Sigmund Freud se resume ao sexo, ou mais apropriadamente aos
desejos sexuais reprimidos que ele cristalizou no seu complexo de Édipo cuja
inspiração ele buscou em “o rei Édipo” de Sófocles.
Poucos estudantes de economia sabem que
Keynes era homossexual. O filósofo Olavo de Carvalho, na entrevista que ele deu
ao Cliff Kincaid na “America Survive TV”, estava montado na razão quando, a dadas
por três, disse que o desejo sexual é egoísta por natureza e que um individuo
que só pensa em seus desejos sexuais nunca será generoso. A prova disso é
Keynes. Um homossexual, por definição, abdicou da possibilidade material de ter
filhos porque é impossível procriar por meio do órgão excretor. Ora, porquê é
que um individuo que abriu mão da possibilidade de ter filhos e que só está
interessado no seu prazer sexual anal vai preocupar-se com a futura geração?
Ele não tem motivos para tal.
Não pretendo que esta seja a única
interpretação da frase absurda de Keynes de que, no longo prazo, todos nós
estaremos mortos. Porém, esta é, indubitavelmente, uma das possibilidades de
interpretação porque o homossexualismo, racismo, abortismo, sexismo, etc., não
são apenas condutas mas uma cultura, ou como diz Olavo “um sistema de valores
em torno do qual um povo constrói seu umaginário colectivo” (sic) e isso acaba,
de certo modo, se impregnando naquilo que a filósofa política Hannah Arendt
denominou de “as (3) actividades do espírito” humano daquele individuo, ou
seja, acaba se impregnando na sua forma de pensar, de querer e de julgar. Quer
dizer, é o império dos estereótipos e do facilmente rotulável.
ESCRITO POR|XADREQUE
SOUSA|shathreksousa@gmail.com
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