segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Nova Ordem Mundial

Resultado de imagem para ordem mundial
Quando se diz NOVA ORDEM MUNDIAL, pressupõe-se que já existe uma ordem mundial que é aquela baseada no princípio vestfaliano da “balança de poder”.
Os 3 agentes da Nova Ordem Mundial são o bloco Eurasiano; a elite bancária ocidental e o califado islâmico; os quais correspondem a divisão do poder em 3 tipos, a saber: político-militar: Rússia e China; económico: elite bancária ocidental, e; religioso: islam.

Um dos assuntos mais badalados dos últimos tempos é a NOVA ORDEM MUNDIAL. Esse assunto não é novo como eu já escrevi num outro artigo publicado neste blog no ano passado. Antes de entrarmos nesse assunto, permita-me, caro leitor, apresentar uma pequena lista de um conjunto de livros com os quais podemos começar a tampar o hiato em termos de informação faltante acerca do mesmo porque o que se tem de asneiras acerca da Nova Ordem Mundial, neste país, é uma grandeza.

Ninguém pode abrir a boca para dizer um “ai” sobre a Nova Ordem Mundial sem que tenha lido, pelo menos, os seguintes livros:

    1-  “Ordem Mundial” de Henry Kissinger
    2-  “The True History of Buildeberg Club” de Daniel Estulin
    3-  “The False Dawn” de Lee Pen
    4-  “O Império Ecológico” de Pascal Bernadin
    5-  “La Face Caché de L’ONU” de Michell Schoiens
  6-  “EUA e a Nova Ordem Mundial” de Olavo de Carvalho e Alexander Duguin
   7-  “Sociedade Aberta e seus inimigos” de Karl Popper

Isso é apenas uma amostra bastante limitada das centenas de livros publicados acerca da NOM, aliás, não se faz mais nada no mundo, hodiernamente, senão falar e escrever acerca disso. Para além dos livros existentes, podemos captar informação sobre a NOM na revista Foreign Affaire, no website da Trilateral Comission e do Council Foreign for Relations (CFR).

Eu disse, no princípio, que a ideia de uma ordem mundial não é nova. Com efeito, ao longo da história humana, existiram várias ordens mundiais entrecruzadas. Existiu uma ordem mundial egípcia, mesopotâmica, babilónica, medo-persa, grega, romana, cristã, islâmica, europeia, norte-americana, etc. na verdade, nunca tivemos uma ordem verdadeiramente mundial mas várias ordens mundiais de natureza regional, continental, local.

Essa ideia de ordem mundial surge com a ilusão que cada novo governante de uma certa unidade religiosa ou política tinha de julgar que ele estava colocado no centro do universo como um representante de deus ou dos deuses cuja missão é ordenar o mundo ao seu redor, o qual supunha-se estava em completo caos, a imagem e semelhança da ordem que ele impunha no seu reino, império ou movimento religioso, mesmo que, para tal, fosse necessário recorrer a guerras sangrentas e intermináveis.

Essa ideia de um líder religioso ou político dotado de super poderes que virá implantar o paraíso na terra, é a própria ideia cristã de messianismo. Contudo, na teologia cristã, o paraíso não se refere a este plano da realidade mas ao outro que é o da eternidade. São do próprio Cristo as palavras: “o meu reino não é deste mundo” (sic). Se o reino deste mundo é o reino de César e não de Cristo, qual é a origem dessa esquizofrenia generalidade que faz cada novo governante pensar que ele tem que imanentista o escato como diz Eric Voeglin? A resposta para isso chama-se gnosticismo.

O gnosticismo é uma heresia que entra no cristianismo, logo, no primeiro século e a primeira epístola do apóstolo São João foi mesmo a propósito de combater os gnósticos. O que o gnosticismo faz basicamente é dizer que o homem é mau e o universo é hostil pelo que os gnósticos devem concentrar todo poder em suas mãos para mudar o estado de coisas porque eles acreditam de que o mundo e os homens foram criados por um deus demiurgo, uma espécie de executor material apenas, e que nos jogou neste mundo por pura maldade. No final das contas, gnosticismo é uma revolta contra Deus e contra o homem como qualquer outra ideologia conforme amplamente demonstrado por Voeglin no seu livro “The New Political Science”.

Quando se diz NOVA ORDEM MUNDIAL, pressupõe-se que já existe uma ordem mundial actuando no mundo ou várias ordens mundiais entrecruzadas, tendo o gnosticismo como pano de fundo sempre, sempre e sempre. Agora, ela não somente existe mas está velha e está passando.

Qual é a ordem mundial vigente no mundo? Henry Kissinger, no seu livro “Ordem Mundial”, diz que a ordem mundial vigente no mundo é aquela baseada no tratado de Vestfália de 1648, na Alemanha, depois da guerra dos 30 anos. O tratado de Vestfália basea-se no princípio da “balança de poder” que é, em poucas palavras, o princípio da não ingerência. Se não há ingerência externa de outros estados, então, temos a autodeterminação dos povos. Se acrescentarmos a isso a não ingerência dos interesses familiares e religiosos, então, temos a raison d’Etat, uma invenção de Reuchelieu.

Porém, desde Comenius, principalmente Cecil Rhodes, o fundador das rhodesias, começamos a ver emergir uma ideia de uma nova ordem global como a conhecemos hoje, a qual não admite nenhuma estrutura de poder do tipo nacional. É preciso destruir todas as fronteiras. Vemos isso a título de ensaio na União europeia. Vemos o mesmo esforço na África por parte da UA. Vemos a mesma coisa na América Latina, na Ásia, enfim, em todo mundo. As manifestações nos EUA, Europa e alguns países islâmicos contra o executive order de Trump que autoriza a construção do murro na fronteira com o México são financiadas pelas mesmas entidades globalistas como George Soros, Fundação Rockfeller, Fundação Mcarthy e outras ONG’s bilionárias pertencente àqueles a quem o filósofo Olavo de Carvalho chamou de “meta-capitalistas”.

Se na ordem mundial vigente, baseada no princípio vestefaliano, não pode haver ingerência nos assuntos internos das nações, na Nova Ordem Mundial de George Soro, Rockfeller, etc., tem que haver ingerência total e completa. E isso não é apenas uma ideia, isso é algo que já está acontecendo. O rumo da nossa educação, saúde, economia, política, etc., é todo ditado pela ONU.

Isso não significa que temos apenas um único agente por trás da Nova Ordem Mundial em ascensão. De modo nenhum. Ao invés de um, temos 3 agentes como ficou muito claro no debate que Olavo de Carvalho travou com Alexander Duguin no livro “EUA e a Nova Ordem Mundial”, os quais, algumas vezes, competem entre si e noutras ocasiões cooperam.

Esses 3 agentes da Nova Ordem Mundial são os seguintes: 1) Bloco Eurasiano, envolvendo a Rússia e a China; 2) A elite bancária ocidental e 3) O califado islâmico. Esses 3 agentes correspondem a divisão do poder em 3 tipos, a saber: poder político-militar representado pela Rússia e China; poder económico representado pela elite bancária ocidental, os socialistas fabianos e; poder religioso representado pelo islam. De todos esses agentes, somente o bloco russo-chinês corresponde a um espaço geopolítico definido. Quer dizer, se pode destruir todas as fronteiras nacionais menos a fronteira russa ou chinesa. Aliás, Putin disse recentemente que as fronteiras da Rússia eram ilimitadas, o que significa um ideal expansionista tardio. Qualquer país pode desmantelar suas fronteiras mas se pensam que a Rússia e a China também farão isso, é porque, estão muito loucos.

Curioso é notar que os EUA não fazem parte dos agentes da Nova Ordem Mundial, malgrado alguns cidadãos norte-americanos como George Soros, Rockfeller integrarem o esquema globalista. Mas, a classe falante deste país inteira, porque é office boy desse mesmo esquema de Nova Ordem Mundial, fala num mundo unipolar dominado pelos EUA, quando, qualquer pessoa que tenha lido os livros que eu listei acima e tenha consultado os websites das organizações que eu mencionei, sabe por A+B, que os EUA, Israel e Inglaterra são os principais alvos a abater porque eles é que são a única resistência, neste momento, contra a Nova Ordem Mundial.
Os EUA e a Inglaterra são os alvos prioritários dos 3 agentes globalistas, mormente os EUA porque a Inglaterra, veja, toda casa real britânica é islâmica. Quem é que não sabe que o príncipe Charle da Inglaterra foi discípulo de Martin Lings, o segundo no comando na Tariqa de Schuon? O alvo prioritário do islam, agora, são os EUA, aquém eles chamam de “o grande Satã”. E, quando você lê Alexander Duguin, você vê que a Rússia não vê a hora em botar as suas garras nos EUA. Tirando os EUA, outro foco de resistência que tira sono ao islam é Israel e, segundo Albert Pike, autor de Moral e Dogmas do Rito escocês aceite na maçonaria, a terceira guerra mundial se dará entre Israel e o islam no oriente médio.

Não tenho porquê duvidar de Pike porque já em 1871 ele escreveu que eles, os maçons, estavam a preparar 3 guerras mundiais. As duas primeiras já aconteceram e em todos os mínimos detalhes elas combinam com o que Pike escreveu. Agora, como esses planos de governo mundial são de longo prazo, as pessoas pensam que é teoria de conspiração. Só que ninguém faz uma conspiração para vencer depois de morto, mas parece que a nossa intelligentsia académica, a mídia, etc., nem isso sabe.

Se calhar, você possa perguntar e com justiça: “… e a igreja católica”? Ora, bem que ela poderia ser uma resistência contra esses poderes. No seu livro “the key of this blood”, Malachi Martin diz que é a missão da igreja lutar contra essas forças globalistas que querem destruir a cristandade. Não nos esqueçamos que no concílio de Trento se definiu como os inimigos da igreja: o mundo, a carne e o diabo. E o que é o mundo senão o secularismo? O que é o diabo senão a mentira existencial? O que é a carne senão a ilusão de que aquilo que nos afecta sensorialmente é a verdade? Porém, desde o concílio Vaticano II, realizado na década de 60, em que a igreja católica resolveu guardar um silêncio cúmplice sobre a questão mais importante da história do século XX que era o comunismo, para ter alguns cardeais soviéticos, ela se bandeou para o outro lado.

Ora, se quem cala consente, então, a cúpula da igreja católica inteira consentiu com o comunismo e está automaticamente excomungada de acordo com o santo ofício do Papa Pio XII, ratificado pelo Papa João XXIII, de que todo católico que apoiasse o comunismo estava automaticamente excomungado e esse santo ofício nunca foi revogado pelos papas subsequentes.

No tempo em que havia igreja católica, ela foi uma resistência tenaz contra o islam na europa onde se destaca a figura de Inácio de Loyola, na Espanha, fundador da companhia de Jesus, os jesuítas. Que tiveram seus erros, isso, ninguém pode negar, mas que também foram uma resistência firme contra os mouros, lá isso, ninguém pode negar também. Porém, agora, ela se vendeu para um dos piores inimigos da cristandade, o comunismo e isso pode ser provado pela leitura do livro do padre Malachi Martin “The Wind Swept House” e o do Pascal Bernadin “le crucifiement de Saint Pierre: le passion de l’eglise”. Esperar que o Papa Francisco vai lutar pela cristandade é acreditar no quadrado redondo porque ele é o Papa com que os inimigos da igreja sempre sonharam.

Agora, o que nós podemos fazer? O filósofo Olavo de Carvalho disse que “nós não somos ninguém, não mandamos em nada e nós se quer sabemos o que está acontecendo. Nós somos o marido traído, o último a saber” (sic). Porém, ainda, assim, há algo que podemos fazer, que é procurar compreender o que está acontecendo para não sermos pegos de calça na mão ou como cegos em meio a tiroteio mas sabermos onde irmos onde tenhamos segurança e, diga-se, que Moçambique já está atrasadíssimo nesse processo de compreender o que está se passando porque, na verdade, ninguém quer saber o que está acontecendo. É como se tivéssemos metido a cabeça no buraco da avestruz.

Ora, palpite, qualquer idiota tem, eu também tenho. Agora, aqui, palpite não serve para nada porque você está lidando com um projecto de dimensão mundial, financiado por ONG’s bilionárias que têm, na sua folha de salário, os maiores cérebros do mundo, intelectuais de verdade, os quais não estão brincando. Não é por acaso que o professor Carrol Quigley, que tem vários livros publicados como o best seller “Tragedy and Hope”, o qual é membro do CFR, disse que esse projecto de Nova Ordem Mundial deveria ser submetido a debate público porque nós, os globalistas, disse ele, ganharíamos a discussão, e ele está montado na razão porque fora do ciclo globalista ninguém quer saber o que está acontecendo porque acha que isso, como dizem os norte-americanos “is to bad to be real”, porém, é real mesmo assim.

ESCRITO POR|XADREQUE SOUSA|shathreksousa@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário