Quando se diz NOVA
ORDEM MUNDIAL, pressupõe-se que já existe uma ordem mundial que é aquela
baseada no princípio vestfaliano da “balança de poder”.
Os 3 agentes da
Nova Ordem Mundial são o bloco Eurasiano; a elite bancária ocidental e o
califado islâmico; os quais correspondem a divisão do poder em 3 tipos, a
saber: político-militar: Rússia e China; económico: elite bancária ocidental, e;
religioso: islam.
Um dos assuntos mais badalados dos últimos tempos é a
NOVA ORDEM MUNDIAL. Esse assunto não é novo como eu já escrevi num outro artigo
publicado neste blog no ano passado. Antes
de entrarmos nesse assunto, permita-me, caro leitor, apresentar uma pequena
lista de um conjunto de livros com os quais podemos começar a tampar o hiato em
termos de informação faltante acerca do mesmo porque o que se tem de asneiras acerca
da Nova Ordem Mundial, neste país, é uma grandeza.
Ninguém pode abrir a boca para dizer um “ai” sobre a
Nova Ordem Mundial sem que tenha lido, pelo menos, os seguintes livros:
1- “Ordem Mundial” de Henry Kissinger
2- “The True History
of Buildeberg Club” de Daniel Estulin
3- “The False Dawn”
de Lee Pen
4- “O Império Ecológico” de Pascal Bernadin
5- “La Face Caché de L’ONU” de Michell Schoiens
6- “EUA e a Nova Ordem Mundial” de Olavo de Carvalho e
Alexander Duguin
7- “Sociedade Aberta e seus inimigos” de Karl Popper
Isso é apenas uma amostra bastante limitada das
centenas de livros publicados acerca da NOM, aliás, não se faz mais nada no
mundo, hodiernamente, senão falar e escrever acerca disso. Para além dos livros
existentes, podemos captar informação sobre a NOM na revista Foreign Affaire, no website da Trilateral
Comission e do Council Foreign for
Relations (CFR).
Eu disse, no princípio, que a ideia de uma ordem
mundial não é nova. Com efeito, ao longo da história humana, existiram várias
ordens mundiais entrecruzadas. Existiu uma ordem mundial egípcia, mesopotâmica,
babilónica, medo-persa, grega, romana, cristã, islâmica, europeia, norte-americana,
etc. na verdade, nunca tivemos uma ordem verdadeiramente mundial mas várias
ordens mundiais de natureza regional, continental, local.
Essa ideia de ordem mundial surge com a ilusão que
cada novo governante de uma certa unidade religiosa ou política tinha de julgar
que ele estava colocado no centro do universo como um representante de deus ou
dos deuses cuja missão é ordenar o mundo ao seu redor, o qual supunha-se estava
em completo caos, a imagem e semelhança da ordem que ele impunha no seu reino, império
ou movimento religioso, mesmo que, para tal, fosse necessário recorrer a
guerras sangrentas e intermináveis.
Essa ideia de um líder religioso ou político dotado de
super poderes que virá implantar o paraíso na terra, é a própria ideia cristã
de messianismo. Contudo, na teologia cristã, o paraíso não se refere a este
plano da realidade mas ao outro que é o da eternidade. São do próprio Cristo as
palavras: “o meu reino não é deste mundo” (sic). Se o reino deste mundo é o
reino de César e não de Cristo, qual é a origem dessa esquizofrenia
generalidade que faz cada novo governante pensar que ele tem que imanentista o
escato como diz Eric Voeglin? A resposta para isso chama-se gnosticismo.
O gnosticismo é uma heresia que entra no cristianismo,
logo, no primeiro século e a primeira epístola do apóstolo São João foi mesmo a
propósito de combater os gnósticos. O que o gnosticismo faz basicamente é dizer
que o homem é mau e o universo é hostil pelo que os gnósticos devem concentrar
todo poder em suas mãos para mudar o estado de coisas porque eles acreditam de que
o mundo e os homens foram criados por um deus demiurgo, uma espécie de executor
material apenas, e que nos jogou neste mundo por pura maldade. No final das
contas, gnosticismo é uma revolta contra Deus e contra o homem como qualquer
outra ideologia conforme amplamente demonstrado por Voeglin no seu livro “The
New Political Science”.
Quando se diz NOVA ORDEM MUNDIAL, pressupõe-se que já
existe uma ordem mundial actuando no mundo ou várias ordens mundiais
entrecruzadas, tendo o gnosticismo como pano de fundo sempre, sempre e sempre.
Agora, ela não somente existe mas está velha e está passando.
Qual é a ordem mundial vigente no mundo? Henry Kissinger,
no seu livro “Ordem Mundial”, diz que a ordem mundial vigente no mundo é aquela
baseada no tratado de Vestfália de 1648, na Alemanha, depois da guerra dos 30
anos. O tratado de Vestfália basea-se no princípio da “balança de poder” que é,
em poucas palavras, o princípio da não ingerência. Se não há ingerência externa
de outros estados, então, temos a autodeterminação dos povos. Se acrescentarmos
a isso a não ingerência dos interesses familiares e religiosos, então, temos a raison d’Etat, uma invenção de
Reuchelieu.
Porém, desde Comenius, principalmente Cecil Rhodes, o
fundador das rhodesias, começamos a ver emergir uma ideia de uma nova ordem
global como a conhecemos hoje, a qual não admite nenhuma estrutura de poder do
tipo nacional. É preciso destruir todas as fronteiras. Vemos isso a título de
ensaio na União europeia. Vemos o mesmo esforço na África por parte da UA.
Vemos a mesma coisa na América Latina, na Ásia, enfim, em todo mundo. As
manifestações nos EUA, Europa e alguns países islâmicos contra o executive order de Trump que autoriza a
construção do murro na fronteira com o México são financiadas pelas mesmas
entidades globalistas como George Soros, Fundação Rockfeller, Fundação Mcarthy
e outras ONG’s bilionárias pertencente àqueles a quem o filósofo Olavo de
Carvalho chamou de “meta-capitalistas”.
Se na ordem mundial vigente, baseada no princípio vestefaliano,
não pode haver ingerência nos assuntos internos das nações, na Nova Ordem
Mundial de George Soro, Rockfeller, etc., tem que haver ingerência total e
completa. E isso não é apenas uma ideia, isso é algo que já está acontecendo. O
rumo da nossa educação, saúde, economia, política, etc., é todo ditado pela
ONU.
Isso não significa que temos apenas um único agente
por trás da Nova Ordem Mundial em ascensão. De modo nenhum. Ao invés de um,
temos 3 agentes como ficou muito claro no debate que Olavo de Carvalho travou
com Alexander Duguin no livro “EUA e a Nova Ordem Mundial”, os quais, algumas
vezes, competem entre si e noutras ocasiões cooperam.
Esses 3 agentes da Nova Ordem Mundial são os
seguintes: 1) Bloco Eurasiano, envolvendo a Rússia e a China; 2) A elite bancária
ocidental e 3) O califado islâmico. Esses 3 agentes correspondem a divisão do
poder em 3 tipos, a saber: poder político-militar representado pela Rússia e
China; poder económico representado pela elite bancária ocidental, os
socialistas fabianos e; poder religioso representado pelo islam. De todos esses
agentes, somente o bloco russo-chinês corresponde a um espaço geopolítico definido.
Quer dizer, se pode destruir todas as fronteiras nacionais menos a fronteira
russa ou chinesa. Aliás, Putin disse recentemente que as fronteiras da Rússia eram
ilimitadas, o que significa um ideal expansionista tardio. Qualquer país pode
desmantelar suas fronteiras mas se pensam que a Rússia e a China também farão
isso, é porque, estão muito loucos.
Curioso é notar que os EUA não fazem parte dos agentes
da Nova Ordem Mundial, malgrado alguns cidadãos norte-americanos como George
Soros, Rockfeller integrarem o esquema globalista. Mas, a classe falante deste
país inteira, porque é office boy
desse mesmo esquema de Nova Ordem Mundial, fala num mundo unipolar dominado pelos
EUA, quando, qualquer pessoa que tenha lido os livros que eu listei acima e
tenha consultado os websites das organizações
que eu mencionei, sabe por A+B, que os EUA, Israel e Inglaterra são os
principais alvos a abater porque eles é que são a única resistência, neste
momento, contra a Nova Ordem Mundial.
Os EUA e a Inglaterra são os alvos prioritários dos 3
agentes globalistas, mormente os EUA porque a Inglaterra, veja, toda casa real britânica
é islâmica. Quem é que não sabe que o príncipe Charle da Inglaterra foi discípulo
de Martin Lings, o segundo no comando na Tariqa
de Schuon? O alvo prioritário do islam, agora, são os EUA, aquém eles chamam de
“o grande Satã”. E, quando você lê Alexander Duguin, você vê que a Rússia não vê
a hora em botar as suas garras nos EUA. Tirando os EUA, outro foco de resistência
que tira sono ao islam é Israel e, segundo Albert Pike, autor de Moral e Dogmas
do Rito escocês aceite na maçonaria, a terceira guerra mundial se dará entre
Israel e o islam no oriente médio.
Não tenho porquê duvidar de Pike porque já em 1871 ele
escreveu que eles, os maçons, estavam a preparar 3 guerras mundiais. As duas primeiras
já aconteceram e em todos os mínimos detalhes elas combinam com o que Pike
escreveu. Agora, como esses planos de governo mundial são de longo prazo, as
pessoas pensam que é teoria de conspiração. Só que ninguém faz uma conspiração para
vencer depois de morto, mas parece que a nossa intelligentsia académica, a mídia, etc., nem isso sabe.
Se calhar, você possa perguntar e com justiça: “… e a
igreja católica”? Ora, bem que ela poderia ser uma resistência contra esses
poderes. No seu livro “the key of this blood”, Malachi Martin diz que é a missão
da igreja lutar contra essas forças globalistas que querem destruir a
cristandade. Não nos esqueçamos que no concílio de Trento se definiu como os
inimigos da igreja: o mundo, a carne e o diabo. E o que é o mundo senão o
secularismo? O que é o diabo senão a mentira existencial? O que é a carne senão
a ilusão de que aquilo que nos afecta sensorialmente é a verdade? Porém, desde
o concílio Vaticano II, realizado na década de 60, em que a igreja católica resolveu
guardar um silêncio cúmplice sobre a questão mais importante da história do século
XX que era o comunismo, para ter alguns cardeais soviéticos, ela se bandeou
para o outro lado.
Ora, se quem cala consente, então, a cúpula da igreja católica
inteira consentiu com o comunismo e está automaticamente excomungada de acordo
com o santo ofício do Papa Pio XII, ratificado pelo Papa João XXIII, de que
todo católico que apoiasse o comunismo estava automaticamente excomungado e esse
santo ofício nunca foi revogado pelos papas subsequentes.
No tempo em que havia igreja católica, ela foi uma resistência
tenaz contra o islam na europa onde se destaca a figura de Inácio de Loyola, na
Espanha, fundador da companhia de Jesus, os jesuítas. Que tiveram seus erros,
isso, ninguém pode negar, mas que também foram uma resistência firme contra os
mouros, lá isso, ninguém pode negar também. Porém, agora, ela se vendeu para um
dos piores inimigos da cristandade, o comunismo e isso pode ser provado pela leitura
do livro do padre Malachi Martin “The Wind Swept House” e o do Pascal Bernadin “le
crucifiement de Saint Pierre: le passion de l’eglise”. Esperar que o Papa Francisco
vai lutar pela cristandade é acreditar no quadrado redondo porque ele é o Papa com
que os inimigos da igreja sempre sonharam.
Agora, o que nós podemos fazer? O filósofo Olavo de
Carvalho disse que “nós não somos ninguém, não mandamos em nada e nós se quer
sabemos o que está acontecendo. Nós somos o marido traído, o último a saber”
(sic). Porém, ainda, assim, há algo que podemos fazer, que é procurar
compreender o que está acontecendo para não sermos pegos de calça na mão ou
como cegos em meio a tiroteio mas sabermos onde irmos onde tenhamos segurança e,
diga-se, que Moçambique já está atrasadíssimo nesse processo de compreender o
que está se passando porque, na verdade, ninguém quer saber o que está
acontecendo. É como se tivéssemos metido a cabeça no buraco da avestruz.
Ora, palpite, qualquer idiota tem, eu também tenho.
Agora, aqui, palpite não serve para nada porque você está lidando com um
projecto de dimensão mundial, financiado por ONG’s bilionárias que têm, na sua
folha de salário, os maiores cérebros do mundo, intelectuais de verdade, os
quais não estão brincando. Não é por acaso que o professor Carrol Quigley, que
tem vários livros publicados como o best
seller “Tragedy and Hope”, o qual é membro do CFR, disse que esse projecto
de Nova Ordem Mundial deveria ser submetido a debate público porque nós, os
globalistas, disse ele, ganharíamos a discussão, e ele está montado na razão
porque fora do ciclo globalista ninguém quer saber o que está acontecendo
porque acha que isso, como dizem os norte-americanos “is to bad to be real”,
porém, é real mesmo assim.
ESCRITO POR|XADREQUE SOUSA|shathreksousa@gmail.com
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