sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A mulher e o dragão: Comentário

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Deste modo, tenho sido tentado por anos a interpretar o grande dragão vermelho do apocalipse 12 como sendo a China. A cor vermelha é interessante porque ela é a cor do comunismo. Deste modo, o grande dragão vermelho seria a China comunista.



No livro de Apocalipse 12: 1-17, S. João, Apóstolo, tem uma visão de uma mulher e um dragão vermelho. Ele diz que a mulher estava “vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça”. O reverendo William Branham diz que essa mulher é a igreja. O sol representa a dispensação da graça e a lua a dispensação da lei. Ele também diz que a coroa de doze estrelas é a doutrina dos doze apóstolos.

S.João também fala de um outro sinal no céu que ele viu “que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas”. Esse grande dragão vermelho tem sido interpretado, por séculos, como sendo a igreja católica. Em seguida, S.João descreve a perseguição da mulher pelo dragão e como ela escapou da mesma.

Durante muitos anos, algo me deixou intrigado a respeito desse dragão vermelho. Quando olhamos para Roma, vemos que seus soldados vestiam-se de vermelho, de modo que podemos dizer que esse dragão vermelho era Roma, quer a Roma dos Césares, quer a Roma papal, porque também, os cavaleiros do Papa que são os cardeais vestem-se de vermelho.

Essa é uma das interpretações.

Ao longo dos tempos, os homens, as corporações, os países, têm usado figuras de animais e da natureza em geral como símbolos ou como sinais do que eles são. Por exemplo, Moçambique se identifica com a cobra Mamba, Israel com a figueira, os EUA com a águia, a Rússia com o urso polar, etc. O único país no mundo que conheço que se identifica com o dragão é a China, aliás, ela é conhecida como o grande dragão que é um animal mitológico presente em toda cultura chinesa.

Deste modo, tenho sido tentado por anos a interpretar o grande dragão vermelho do apocalipse 12 como sendo a China. A cor vermelha é interessante porque ela é a cor do comunismo. Deste modo, o grande dragão vermelho seria a China comunista.

Não digo que esta seja a única interpretação mas apenas uma das interpretações possíveis. Não nos esqueçamos que a linguagem do Apocalipse é simbólica e símbolo, tal como o definiu Susan K. Langer, “é uma matriz de intelecções possíveis”, portanto, não pode haver uma interpretação que se arrogue o direito de primazia em relação as outras porque as outras também são válidas desde que não se afastem do simbolizado.

Quando dizemos que essa interpretação é uma interpretação possível não estamos dizendo que a realidade vai replicar essa possibilidade. A realidade não depende de nenhuma possibilidade mas toda possibilidade se funda na realidade ou, então, não é nenhuma possibilidade. Ou seja, o que é real é, por definição, possível, mas o que é possível não é necessariamente real. É possível que a cidade da Beira seja engolida pelo mar? Sim, é possível, mas essa possibilidade pode nunca se actualizar. É disso que estamos falando.

Não podemos imaginar que tomar a China como o grande dragão vermelho seja uma hipótese bastante gongórica, rebuscada. Já fizemos alusão em número sem conta do debate entre Alexander Duguin e Olavo de Carvalho publicado no livro “EUA e a Nova Ordem Mundial”. Nesse livro, fica claro que as forças que actuam no mundo globalmente são três, nomeadamente: 1)Bloco Russo-chinês; 2) Elite Bancária Ocidental e 3) O califado islâmico.

Nos últimos anos, a China passou a segunda maior economia do mundo graças ao dinheiro norte-americano porque os norte-americanos imaginavam que dando dinheiro a China, ou seja, fomentando o “capitalismo” na China, aquele país iria se democratizar, porém, mais uma vez, os norte-americanos acabaram sendo engodados pela mentira do Marx da tensão dialéctica entre infraestrutura e superestrutura.

As projecções mostram que com o desmantelamento da economia dos EUA pela elite globalista com amplo apoio do partido democrata, como a última crise de 2008 provocada pela implementação da estratégia Cloward-Piven, a China se tornará, dentro de 15 anos, a maior economia do mundo, desbancando a hegemonia dos EUA para a felicidade dos George Soros & et caterva. O perigo é maior do que imaginamos. Com a China no controlo acabaram-se os direitos humanos, acabaram-se as liberdades religiosas, de imprensa, etc., como temos visto dentro da própria China que, apesar de avanço enorme na economia, continua sendo um inferno ao alcance de todos em matéria de liberadade.

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