terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Duas notas sobre o raciocínio

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A função da razão começa com a formulação de conceitos, subindo para a formulação de juízos e, por fim, para a do raciocínio.


O raciocínio é a última operação da razão ou a operação que é o coroamento da razão. Sabemos que a função da razão começa com a formulação de conceitos, subindo para a formulação de juízos e, por fim, para a do raciocínio. Certamente que esses que dizem que a frase “o gato come o rato” é lógico nunca pararam um único minuto para raciocinar a respeito.

Raciocinar é discursar, é discorrer. Discorrer é andar daqui para ali, etc. O modo mais famoso do raciocínio é o silogismo. O que é silogismo? É o raciocínio em três etapas. Temos uma premissa maior, uma menor e uma conclusão. É, contudo, importante esclarecer que esse modo de raciocinar não é natural mas artificial ou seja ele é usado por técnicos com finalidades técnicas. O modo de silogismo natural do homem é o Entimema que é o raciocínio em duas etapas pois uma das etapas é ocultada subentendendo-se nas outras.

Para dizer que uma frase é lógica teríamos que submetê-la ao próprio exame lógico. Quando se diz que o gato come o rato podemos tomar essa frase como uma premissa ou como uma conclusão. Uma vez que não temos nesse caso um gato tomado propriamente mas apenas especificamente, a nossa frase só pode ser uma conclusão. Ora, dessa conclusão podemos montar o seguinte raciocínio silogístico:

Todos animais comem rato/

O gato é um animal/

logo, o gato come rato.

Ninguém vai negar que essa conclusão é verdadeira. Contudo, ela parte de uma premissa maior que é desmentida pela realidade porque não é verdade que todos os animais comem rato. O cabrito não come rato.

Continua…

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