terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Problemas de maximização

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A tendência dos homens procurarem sempre o máximo de benefício com o mínimo de custo é, na verdade, uma lei universal que está presente não apenas na economia mas também em toda a natureza.

Porém, devido a capacidade de frustrabilidade do homem, esse pode também buscar o mínimo benefício, caindo, assim, no irracionalismo económico.


A racionalidade económica, diz-se, consiste em conseguir o máximo de benefício com o mínimo de custo. Então, temos aqui um máximo e um mínimo. E mais ainda, temos que para termos um máximo temos que ter um mínimo.

A tendência dos homens procurarem sempre o máximo de benefício com o mínimo de custo é, na verdade, uma lei universal que está presente não apenas na economia mas também em toda a natureza e, portanto, nas ciências da natureza como a física, a química, a biologia, etc. de modo que há uma economia da física, uma economia da química, uma economia biológica, enfim, uma economia da natureza que é esse tender da natureza sempre para o máximo com recurso a um mínimo de custo.

Embora a tendência que estamos aqui analisando seja uma lei universal, isso não significa que ela se aplica de modo, digamos, homogéneo, em todas as situações particulares e concretas. De modo nenhum e principalmente quando se refere ao campo da praxis, da pragmática humana, da acção humana como a economia por causa da liberdade que nasce com o homem e que lhe permite dizer “NÃO” a natureza e, portanto, frustrar o seu curso normal.

Por outras palavras, nem sempre o homem vai buscar o máximo benefício com o mínimo de custo. Ele também poderá buscar o mínimo benefício. Ele também poderá buscar o máximo custo. Poderão alguns chamar a isso de um comportamento irracional do homem, porém, nem sempre isso se aplica como verdadeiro. De modo que dizer que o homem busca sempre essa lei universal, sempre e em toda a parte, independentemente das circunstâncias de que ele se vê cercado é imaginar que todas as circunstâncias humanas são iguais.

Já dizia Ortega y Gasset: “eu sou eu e a minha circunstância”. Então, o homem faz a sua circunstância e do confronto dessa lei universal com a sua circunstância ele escolhe, como diria Buda, “o caminho do meio”. Isso é que se chama exercer a sabedoria.

Se o homem agisse de uma maneira homogénea sempre colocado em idênticas circunstâncias, ele não seria homem. Ele seria apenas uma máquina cartesiana. Isso não significa que negamos ao homem a sua materialidade. Muito pelo contrário. Nós reconhecemos no homem o seu aspecto mineral, vegetal, animal. Porém, o homem não é apenas isso. O homem é também e muito mais a superação de tudo isso.

Quando dizemos que o homem é transcendental não queremos dizer que ele está privado de materialidade mas que, pelo exercício da razão, ele abarca e subordina a matéria, transcendendo-a dentro, claro, dos limites das notas que compõe a sua hominilidade ou a sua humanidade, se quisermos.

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