sábado, 10 de fevereiro de 2018

Sinais seguintes

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Muitos dizem que o preço de uma vida de milagres é o jejum e a oração, porém, isso é negar a obra redentora de Cristo na cruz. O preço é o sangue precioso de Cristo Jesus. O jejum e a oração somente servem para nos tornar sensíveis a voz de Deus. Aqui está o segredo do poder espiritual: ouvir a voz de Deus. Quando ouvimos a voz de Deus, aquela paz que excede a todo entendimento invade a nossa alma e aí sabemos que vamos obter tudo que pedirmos.

No evangelho segundo S.Marcos, no Cap.XVI, Jesus diz o seguinte: “…estes sinais seguira aos que crerem”. Em seguida Ele menciona os sinais: “em meu nome expulsão demónios. Em meu nome colocarão as mãos sobre os enfermos e os curarão. Etc.” A despeito dessa promessa, poucos cristãos têm visto o cumprimento dessas palavras na sua vida e na sua igreja denominacional.

Uns dizem que esses sinais não mais têm seguido os que crêem porque o tempo dos milagres já passou. Eles dizem que os milagres deixaram de acontecer quando os apóstolos morreram. Essas mesmas pessoas se existissem no tempo dos apóstolos diriam o mesmo, que o tempo dos milagres passou, que já não há mais milagres, que os milagres pararam de acontecer quando Jesus morreu. Se estivesse vivas no tempo de Jesus também diriam o mesmo, que os milagres pararam de acontecer quando os profetas morreram, que não há mais milagres.

Fazendo uma regressão até o princípio da história dos milagres vamos acabar descobrindo que esse indivíduo não crê no milagre, nem no milagre passado, nem no milagre presente, nem no milagre futuro. Se alguém não crê no milagre passado como pode crer no milagre presente. Se alguém não crê nos milagres de Moisés como pode crer nos de Cristo? Se não crê nos de Cristo como pode crer nos dos apóstolos? Se não crê no dos apóstolos como podem crer nos dos outros?

Malgrado haja muitos que se têm mostrado incrédulos quanto a ocorrência dos milagres, hodiernamente, não se pode negar que há muitos outros que se têm mostrado crédulos. Se há aqueles que negam a possibilidade do milagre há aqueles que a aceitam, que a afirmam.

Não obstante, há muitos milagres que têm ocorrido no mundo no tempo depois dos apóstolos. Mesmo nesta era em que nos temos encontrado há registos de muitos milagres que têm ocorrido quer no meio católico, quer no meio protestante e até mesmo fora desses meios. Negar isso é contradizer-se porque há mais relatos acerca dos milagres no mundo do que tudo quanto se escreveu contra a ocorrência de milagres.

Os que negam a ocorrência de milagres só revelam que nada sabem acerca da história dos milagres. Eles negam os milagres por ignorância, se bem que pode haver quem os negue por malícia.

Neste artigo, não queremos discutir sobre o que é o milagre, nem se ele viola ou não as leis da natureza. Essa é uma discussão para um outro artigo. O que queremos fazer neste artigo é lidar com aqueles que crêem em milagres e querem saber como ser um instrumento de Cristo para operar milagres na vida dos seus irmãos na Fé e mesmo na daqueles que não têm fé nenhuma mas que por meio dos milagres podem ser conduzidos a Cristo para a salvação de sua almas.

Se os sinais devem seguir aqueles que crêem conforme a promessa feita por Cristo, por quê é que nem todos os crentes tem feito milagres? Entre os carismáticos do pentecostalismo e do neo-pentecostalismo, os crentes que não têm na sua vida, no seu ministério “os sinais seguintes” não os têm porque ainda não pagaram o preço. Preço? Isso soa um pouco estranho porque sabemos que Cristo pagou o preço da nossa redenção e esse preço não foram coisas corruptíveis como ouro e prata, ou seja, dinheiro, mas o sangue de Cristo.

Se Cristo verteu seu precioso sangue para que fossemos redimidos do pecado e de todas as suas consequências, que preço temos que pagar? Dizem: esse preço é o jejum e a oração.

Na verdade, não se trata de preço porque o preço é o sangue de Cristo. Caso contrário, a nossa redenção das doenças, problemas financeiros, etc., não seria uma graça divina mas uma dívida. Ou seja, teríamos mérito em receber isso e DEUS estaria apenas cumprindo a sua obrigação, o que não encontra procedência no Evangelho de Cristo e dos apóstolos por Ele designados.

Entre o movimento de cura divina há muita ênfase no jejum e oração. Dizem alguns ministros de cura divina como Ernest Angley que sem Jejum não há milagres, não há poder de Deus na sua vida. Benny Hinn coloca bastante ênfase na oração. Diz ele que a oração é a chave do poder espiritual. Portanto, temos aqui duas posições, uma que defende que o jejum é a chave do poder espiritual e outra que diz que essa chave é a oração.

Nossa posição não é nem uma nem outra. Nossa posição é uma posição concreta. Uma posição que procura concrecionar o que há de positivo nas duas posições e não cair no extremismo de uma ou de outra ou no abstracionismo de uma e de outra. Não queremos e não vamos, portanto, virtualizar uma para actualizar outra e nem virtualizar outra para actualizar uma, de modo que vamos dizer que a nossa posição, que é uma posição positiva, é que não há uma única chave para o poder espiritual, não há um único segredo do poder espiritual.

Há muitas pessoas que oram por anos e não alcançam nenhum poder. Há outras que jejuam e fazem ou fizeram até mesmo jejuns de 14 dias, 40 dias, 80 dias, mas nada alcançaram a não ser decepção e até mesmo a morte, em alguns casos.

Para corroborar a posição do jejum como chave do poder espiritual, os paladinos dessa posição tendem a citar o exemplo de Moisés que jejuou por 40 dias em duas ocasiões. Eles citam o exemplo de Elias que também jejuou 40 dias. Eles citam o exemplo de Jesus que jejuou 40 dias. Eles citam o exemplo de S.Paulo que jejuou 3 dias e 3 noites, para além de ser um homem dado a jejum. Eles citam o centurião Cornélio e eles citam a igreja de Antioquia, para além de citar os reformadores e os avivalistas dos séculos pós-reforma.

Eu não nego a importância do Jejum. Porém, não é correcto dizer que o poder que Moisés tinha era derivado do Jejum. Nós vemos Moisés fazer sinais e maravilhas no Egipto e no mar vermelho e mesmo no deserto muito antes dele fazer seus jejuns de 40 dias. Vemos Elias fechar o céu para que não chovesse e ser alimentado por corvos e por um anjo, fazer cair fogo do céu antes dele fazer seu jejum de 40 dias. Não há registo na Bíblia de que Pedro, Tiago e João tenham jejuado alguma vez, porém, foi S.Pedro que inaugurou na igreja o ministério de milagres, S.Pedro e S.João. Não há registo de que Estêvão e Filipe tenham jejuado. Porém, a Bíblia diz que Deus fazia por meio deles milagres.

Pode ver-se, então, que há dois casos na bíblia. Há o caso daqueles que nunca jejuaram e que fizeram sinais e maravilhas no nome do SENHOR e há aqueles que jejuaram e fizeram sinais e maravilhas. Ora, isso só mostra que o segredo não é nem um nem outro, tanto é que há aqueles oram e jejuam e nada alcançam.

Porém, quando se examina, quando se perscruta a vida daqueles que tiveram os ministérios mais poderosos na história, não apenas do cristianismo, mas também do judaísmo, vemos que todos eles, sem excepção, somente começaram a fazer sinais e maravilhas depois que ouviram a voz de Deus dizendo que eles tinham que ir e fazer isso porque Deus era com eles para garantir que não falhariam.

Isso é tão importante e veio a mim como uma revelação. Ou seja, o segredo do poder espiritual não é nem jejum nem oração mas a palavra de Deus. Quando ouvimos a palavra de Deus recebemos poder. Jesus enviou seus 12 discípulos dizendo: curai os enfermos, limpais os leprosos, ressuscitai os mortos. Mateus, narrando isto, disse que Jesus lhes deu poder.

Quando Deus diz: curai os enfermos, ele não está apenas dando um mandamento, ele está dando poder. Branham ouviu essa voz naquela caverna quando seu anjo apareceu para ele. Oral Roberts ouviu essa voz. A.A.Allen ouviu essa voz. T.L.Osborn ouviu essa voz. T.B.Joshua ouviu essa voz. David Owuor ouviu essa voz e assim por diante, sem falar de Moisés, Elias e todos os profetas do Antigo Testamento.

Se você me perguntar: então, o jejum e a oração não têm valor? Não foi isso que eu disse. O jejum e a oração são exercícios espirituais muito importantes. Porém, eles só são importantes como meios para abrir seu canal de comunicação com Deus, ou seja como meios para aumentar a sua sensibilidade para você ouvir a voz de Deus. Se a oração não for para isso, ela é um desperdício de tempo, de modo que quando você orar, ore até ouvir a voz de Deus. Quando você jejuar, jejue até ouvir a voz de Deus. Quando você ler a bíblia, leia-a até ouvir a voz de Deus. Quando você cantar seus louvores, cante até ouvir a sua voz.

Ouvir a voz de Deus é tudo que precisamos para termos uma vida de milagres. Querer ouvir a voz de Deus devia nos lançar em desespero. Depois que Adão e Eva foram expulsos do paraíso eles pararam de ouvir a voz de Deus e quando isso acontece o homem só pode contar com suas próprias forças, com a luz natural da sua razão e aí ele sofre bastante. Porém, quando ouvimos a voz, quando ouvirmos a sua voz sentiremos o que Moisés sentiu, o que os profetas e os apóstolos sentiram, i.e., aquela paz que excede a todo entendimento na hora das dificuldades e dureza da vida pois saberemos que Deus nunca nos deixará nem nos desamparará mas que ele fará com que tudo seja possível.

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