quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Exercícios respiratórios

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Assim, se uma ma notícia é capaz de alterar o ritmo cardíaco do ser humano e tirar-lhe a sua paz, devemos também reconhecer que um bom domínio da nossa respiração trará bons frutos na maneira como lidamos com as más notícias. Isso não significa que uma respiração num ritmo adequado, sem qualquer tipo de ruído, vai afastar-nos dos problemas e das más notícias. De modo nenhum. Mas isso vai prover-nos daquela paz interior, daquele aquietar da mente, daquele apaziguar da alma de que encarecidamente necessitamos para lidarmos mais apropriadamente com essas situações.


É natural do ser humano, quando em face de uma dificuldade que lhe deixa angustiado a sua alma, sentir-se alterar seu ritmo cardíaco. Sua respiração se torna ofegante e seu batimento cardíaco torna-se mais acelerado, evidentemente.

Na verdade, a maior parte dos homens não sabe respirar ou respira muito mal. As pessoas só se dão conta disso quando estão ligadas a um balão de oxigénio num quarto de hospital. Mas não precisamos de chegar a uma situação de extrema gravidade como essa para nos darmos conta que não sabemos respirar e que temos que aprender a respirar.

Muitas pessoas podem objectar dizendo que se elas não soubessem respirar certamente que não estariam vivas. Não estamos dizendo que as pessoas não respiram mas estamos apenas dizendo que respiramos mal. Se respirássemos como deve ser, naqueles momentos negros da vida humana, a nossa respiração não seria ofegante e o nosso ritmo cardíaco não se alteraria, ao invés disso teríamos paz, sentiríamos um aquietar da nossa mente, um apaziguar da nossa alma e teríamos uma qualidade de vida muito melhor.

Contudo, é preciso colocar a respiração, a boa respiração ou a má respiração no seu devido lugar. A má respiração ocorre ante um perigo iminente, ante um desafio em que percebemos que as nossas chances de sucesso são diminutas. Portanto, vamos dizer que a má respiração é um efeito dos perigos que nos cercam assim como a boa respiração é uma consequência da nossa boa circunstância.

Porém, para quem estuda a etiologia, as causas, é evidente que os efeitos são uma extensão das suas causas. De alguma forma o efeito é a sua causa. Ele não o é enquanto causa eficiente e causa final mas pode sê-lo enquanto causa formal e enquanto causa material, ou seja enquanto causa hilemórfica, assim como o pai é causa formal e material do filho porque o filho é feito da mesma forma e matéria do pai. Portanto, na sua estrutura tectônica os entes participam em certo grau dos seus factores predisponentes.

Assim, se uma ma notícia é capaz de alterar o ritmo cardíaco do ser humano e tirar-lhe a sua paz, devemos também reconhecer que um bom domínio da nossa respiração trará bons frutos na maneira como lidamos com as más notícias. Isso não significa que uma respiração num ritmo adequado, sem qualquer tipo de ruido, vai afastar-nos dos problemas e das más notícias. De modo nenhum. Mas isso vai prover-nos daquela paz interior, daquele aquietar da mente, daquele apaziguar da alma de que encarecidamente necessitamos para lidarmos mais apropriadamente com essas situações.

Somente com uma mente quieta, com uma alma tranquila, podemos ter clareza suficiente para captarmos a unidade dos nossos problemas e não divagarmos ao longo dos seus acidentes o que de nada nos aproveitaria na solução do mal que nos acomete porque resolver um problema é atacar as suas causas. Para atacamos a fonte e origem de um problema temos que conhecer essa fonte-origem e para a conhecermos temos que ter aquilo que chamamos de ciência e para termos ciência temos que ter uma mente clara.

Assim, é urgente começarmos a fazer certos exercícios respiratórios com vista a corrigir a nossa respiração. Os homens, hoje em dia, principalmente os jovens são muito dados a prática de exercícios corporais. Eles vão ao ginásio, levantam peso, praticam natação, etc., tudo isso é importante, porém, mais importante do que ter um corpo musculoso é respirar correctamente, é colocar mais oxigénio no nosso cérebro, é purificar os nossos pulmões. Mas eu não falo apenas dos benefícios físicos de uma boa respiração mas sim das vantagens que ela tem sobre a nossa psique e como diz o bom e velho ditado: “mente sã, corpo são”. 

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